LGBTIs protagonizam beijaço durante visita do Papa ao Panamá

LGBTIs protagonizam beijaço durante visita do Papa ao Panamá

Be first to like this.

LGBTIs protagonizam beijaço durante visita do Papa Francisco ao Panamá, na última semana. Duas mulheres, Samirah e Basch, se beijam em frente a uma igreja no centro da Cidade do Panamá. “Existimos”, foi a mensagem que a comunidade LGBT quis enviar nesta sexta-feira (25) ao Papa Francisco durante a sua visita pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Segundo o portal de notícias BOL, uma delas, Samirah Armengol, de 39 anos, acompanhada por sua namorada, Basch Beitia, de 25 disse à FAP: “Dizem que é desrespeitoso nos beijarmos em frente a uma igreja. E eu pergunto: por que não é desrespeitoso quando os heterossexuais fazem o mesmo? É por que eu sou uma aberração? Nós existimos. Amor é amor! Amor é amor!”, era o grito de 20 manifestantes durante a manifestação diante da Igreja de Carmem, um local simbólico para os panamenhos.

Manifestantes durante presença do papa no Panamá (Foto Isto É)

O Vaticano permanece contra o casamento homossexual e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. “Acho que o papa está mais convencido da nossa humanidade do que seus seguidores, pois já disse isso”, afirmou Samirah, que cresceu em uma família católica, mas aos poucos se afastou da religião. Hoje se declara iorubá, religião de matriz Africana.

 

LEIA TAMBÉMModa da homossexualidade no clero é a nova preocupação do Papa

 

Francisco também deu declarações que geraram polêmica. No ano passado, considerou “uma moda” a homossexualidade em comentários a jornalistas revelados pela Santa Sé em uma nota, posteriormente corrigida, eliminando o trecho no qual o papa argentino, de 82 anos, se referia ao tema. Enquanto o protesto acontecia, com cartazes com mensagens como “Homofobia é pecado” e “Se há amor, há uma família”, um grupo de peregrinos católicos, com bandeiras dos Estados Unidos, se afastou.

Juan José Londoño, um colombiano de 19 anos, pediu respeito à comunidade gay. “Suas crenças não podem invalidar meus direitos (…) Não é porque você está de dieta que eu não posso comer uma pizza”, expressou à AFP. Samirah já foi vítima de discriminação, conta. Foi expulsa de shoppings e restaurantes pelo simples fato de ter beijado Basch. No Panamá, como em muitos países da América Latina, ainda não foram aceitas as demandas de direitos civis do movimento LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Related Stories

Musical "Naked Boys Singing!" segue temporada no Rio de Janeiro
J.K. Rowling e transfobia: por que a escritora de Harry Potter tem sido cancelada?
Quantcast