Guia Gay Hornet de Havana (ooh na-na)

Guia Gay Hornet de Havana (ooh na-na)

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Uma história riquíssima, arquitetura deslumbrante, estilo de vida único e, claro, muitos mojitos farão você se apaixonar por Havana. Siga nossas dicas e programe uma viagem a Cuba para logo. As coisas estão mudando por lá e parte desse encanto pode não durar muito.

 

Pode ser pela quase ausência de internet, pelo alto grau de educação, pela autoestima revolucionária. Mas fato é que o povo cubano olha nos olhos e transborda uma simpatia absolutamente singular. Não é preciso muito para interagir  com locais, eles chegam até você. Cubanos adoram o Brasil: toca Anitta o tempo todo, querem saber do Lula, assistem nossas novelas e juram que vão torcer por nós na Copa. Nem o histórico conflito com o ‘demônio gringo’ os afasta de socializar até mesmo com americanos.

 

Passeando pelo lindo calçadão do Prado ou pelo icônico Malecon à beira-mar (à noite, quando abaixa o calor e os gatos são pardos) é possível conhecer de perto como vivem, trocar ideias e paquerar.

Na rua Obispo, a mais movimentada de Habana Vieja, fica o maior número de lojas de artigos e souvenirs e fluxo intenso de gente dia e noite. A avenida 23, em Vedado, fica o comércio cotidiano e público habanero mais jovem.

 

Cuba vive a bizarrice de ter duas moedas que circulam por duas realidade paralelas. Estrangeiros e locais que trabalham com turismo usam o CUC, moeda aceita nos paladares (os restaurantes particulares), bares, lojas e táxis que vale 25 pesos,  que teoricamente apenas os cubanos devem manipular para compras dos (escassos) artigos de primeira necessidade.

Não se assuste com as multidões nas praças mesmo nas madrugadas sem luz das ruas de Havana. A internet está disponível apenas nesses lugares, com a compra de raspadinhas que dão uma hora de acesso por 1 CUC (R$3,40) – valor muito alto para os padrões locais, considerando que o salário mínimo é R$50.

 

Onde Ficar

Há três bairros com identidades muito distintas e que concentram a maioria das opções de hospedagem: Habana Vieja, o charmosíssimo centro histórico patrimônio da Unesco e onde estão os principais hotéis, a Centro Habana com seus emocionantes prédios em semi-ruína e onde ficam pensões familiares e
Vedado, parte mais contemporânea e menos turística da cidade. As duas primeiras são coladas, a última a cerca de dez minutos de carro (como não há taxímetro, você negocia a corrida com qualquer carro que passar).

No Parque Central, entre Habana Vieja e Centro, fica o mais impressionante conjunto arquitetônico, tendo como destaques o imponente Capitólio, o impressionante Teatro Alicia Alonso e o luxuoso Hotel Manzana e o Museu de Belas Artes –  e também o maior número de carros dos anos 50 em excelente estado.

 

Vida Gay

A homossexualidade era considerada crime até pouco tempo atrás. Felizmente os tempos em que portadores do HIV iam para campos de concentração ficaram para trás.

O Hornet funciona bem, especialmente para encontrar outros turistas gays perdidos por Havana.

A cerca de meia hora de Havana fica Mi Cayito, o ponto gay da praia de Santa Maria Del Mar, com direito a bandeira do arco-íris, música alta e o transparente mar azul esverdeado do Caribe. O público é composto basicamente por cubanos mais jovens e gringos mais velhos. Há um ônibus confortável que sai a cada meia hora do Parque Central por 5 CUCs.

A única boate gay é o Cabaret La Vegas, em Vedado, que tem uma atmosfera totalmente pautada pelos contatos sexuais entre michês e seus clientes.
Aos sábados rola uma noite gay no Café Cantante do Teatro Nacional (o grande edifício na Plaza de la Revolucion) com fila enorme e um clima boate do interior de antigamente.

A balada mais moderna é a Fabrica de Arte Cubano (Calle 26 com 11), prédio de uma usina remodelado que tem palco com shows de jazz e outros ritmos, pistinha com DJ ótimo, cinema, galerias, restaurante e vários bares. O público é bem misturado e tem a cara de Berlim.

 

Beber & Comer

Come-se tão bem em Havana que nem parece que a cena gastronômica é bem recente. Há muitas opções de paladares super charmosos, com público bastante gay, cujas especialidades são frutos do mar. Alguns tem o endereço como nome.

 

O’Reilly 34  – Polvo fantástico, fantásticos mojitos de frutas

Cafe Espada  (Esquina de Cuarteles e Habana) Frutos do mar servidos por um staff bem sexy
Habana 61 – Moderninho, boa música e cardápio internacional

La Guarida (Concordia com Escobar) O mais sofisticado e famoso restaurante da ilha, cenário de Morango e Chocolate (clássco filme gay cubano indicado para Oscar) e de ensaios fotográficos de celebridades como Rihanna e Beyoncé. Faça reserva.

San Cristobal Paladar  (San Rafael com Campanario)

Cocinero (ao lado da Fabrica de Arte). Bar mais trendy, para ver e ser visto

Siá Kará Bar  (Barcelona com Industria, atrás do Capitolio)

 

Turistando

Fizemos a lista toda de programas turísticos e alguns você não pode deixar de fazer: tomar um daiquiri nos jardins do Hotel Nacional, fazer selfie nos prédios ornados por perfis de Che Guevara e Cienfuegos na Plaza de la Revolución, ler os painéis retrô sobre a história de Fidel e seus companheiros no Museo de la Revolución, sentar nos bancos da Plaza de Armas, visitar os museus e cafés da belíssima rua Mercaderes, tomar maios um mojito ao som de um grupo de salsa na Plaza Vieja.

E não vá embora sem desfrutar de um belo por-do-sol em um dos rooftops – nosso favorito foi o do Iberostar Parque Central.

Antes de ir

. Vacine-se contra febre amarela, obrigatória para brasileiros, 10 dias antes do embarque.

. Leve euros ou libras. Há uma taxa adicional sobre câmbio de dólares

. No próprio balcão da companhia aérea no aeroporto, antes de embarcar, você deverá comprar o visto, que custa R$80.

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